#leiamulheresnegras
25 de julho
Dia do escritor
Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha

Ótimo dia para trazer a #leiamulheresnegras na pauta do #blogdaamelie. São tantas obras (e mulheres) admiráveis que foi difícil escolher 5 para falar sobre.
Elizandra Souza (Brasil)
Natural da zona sul paulista, Elizandra é jornalista, mas também poetisa. Seu livro “Águas de Cabaça” aborda temáticas relacionadas ao candomblé. Se não bastasse, ela é também criadora do fanzine Mjiba que hoje se tornou um projeto maravilhoso, com direito a lançamento de livros de outras mulheres porretas como ela.
Teresa Cárdenas (Cuba)
Seu primeiro romance, “Cartas para a minha mãe”, é pensado em tantas meninas negras – a protagonista não tem nome –, em um ato de reivindicação da voz feminina negra, pouco presente nas letras cubanas. Narra as dores, as emoções e os desejos de uma garota negra, além de seu itinerário pessoal, vivendo em um ambiente marcado pelo racismo. Também escreveu “Cachorro Velho”, vencedor do Prêmio Casa de Las Américas em 2005, e a obra de literatura infantil “Mãe Sereia”.
Conceição Evaristo (Brasil)
Seu primeiro poema data de 1990 e continua escrevendo. Doutora em literatura e nascida em uma favela de Belo Horizonte, Conceição Evaristo é autora de “Olhos d’Água”, “Ponciá Vicêncio”, “Becos da Memória”, “Poemas da Recordação e Outros Movimentos”. Em sua poesia, pontua sua ancestralidade de maneira crítica e mostra a permanência da exclusão do negro desde a escravidão no período colonial brasileiro.
Virginia Brindis de Salas (Uruguai)
Foi ativista, escritora e a primeira mulher negra a publicar uma coletânea de poemas na América do Sul (“Pregón de Marimorena”, em 1946, e “Cem Cárceres do Amor”, em 1949). Nascida em Montevidéu em 1908, é considerada a principal poeta afro-uruguaia. Sua obra trata da cultura e dos costumes da população negra e denuncia o racismo no país. Morreu em 1958 e o governo uruguaio lhe concedeu o título de “Personalidade Afro-uruguaia” em 2012.
Djamila Ribeiro (Brasil)
Ela dá uma aula sobre racismo, sexismo e, de quebra, sobre a sociedade como um todo. Em “O que é lugar de fala?”, ela reflete sobre esse termo que já se tornou quase clichê e parte daí para debater sobre desigualdades. Seu segundo livro, “Quem tem medo de feminismo negro”, virou um dos ícones sobre o assunto no Brasil.
E você? Qual foi o último livro de uma escritora negra que leu?
Conta pra gente!
Feliz dia!